Um dia ela brilhou para a terra, brilhou para Homens, brilhou para os Lobos.
Hoje dizem que ela não brilha, que se afasta, que se esconde, que foge, que se conforma.
Ela que em outras épocas nunca fugiu, enquanto todos os outros se escondiam. Ela que nunca se conformava, que lutava sempre, enquanto todos os outros desistiam. Ela que gosta de agradar a todos, proteger os protegidos, de não ferir ninguém, fere toda a gente, principalmente a ela própria.
Não gosta de levar com as consequências que um dia já levou, tem medo da maneira como os outros a possam tratar por fazer as escolhas certas. Com isto faz as escolhas certas e ao mesmo tempo erradas. Tem várias hipóteses como não tem nenhuma. Torna-se complicado quando é só uma a brilhar para mais do que um elemento. Tantas vezes que ela ficou a brilhar para o nada, sem nunca aparecer ninguém. Agora brilha e tem de fazer escolhas, tem de enfrentar verdades, realidades, sentimentos, mágoas. Tem de ouvir o seu nome repetido para outra, e a sua própria língua a ser falada para outra. E é triste, tão triste. Dói e dói muito.
Ninguém faz nada certo, ninguém escolhe o momento certo, ninguém segue as regras do amor, nem as condutas impostas por alguém com carácter, nem mesmo ela, a Lua.
Pode ser que as estrelas brilhem e ajudem .
24 de Março de 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário