segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Falta-me algo

Falta-me algo. Não sei bem o que é, mas falta-me algo.
Será corda? Será energia? Será alguém? Será...? Não sei.
Falta-me algo. Não consigo descobrir, não consigo ir ao seu encontro.
Eu só sei que me falta algo. Falta-me uma peça, falta-me uma peça do puzzle para me completar.
Não a encontro, não consigo. Falta-me algo, ouviste?
Encontra-me esse algo, dá-me esse algo.
Faz isso por mim. Faz, pelo menos, isso por mim.
Estou cansada que me falte algo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pôr do Sol

O verão chega e não sei eu bem porquê, mas quando chega, trás um pôr do sol que nos faz ficar vidrados nele. É como se nos penetra-se a alma e nos fizesse ver mais além.
Este é o meu ritual de verão, não consigo deixa-lo de parte, como tantas outras coisas.
Vejo, mas é que vejo mesmo mais além. O que a minha vida foi durante aquele ano, até ao verão e o que ela vai ser depois disso.
Sabes bem como é que eu sou, sorriu, choro mas não tenho porquê cair. Perdi, ganhei, fugi, encontrei-me mas não cai. Sofri, mas perdi a raiva. Ganhei mais uma colecção de desilusões, mas perdi a raiva. Perdi pilares, mas mesmo assim, perdi a raiva.
Talvez tenha ganho maturidade, talvez tenha ganho mais amor às coisas essenciais, talvez não tenha perdido outros amores...Mas o que é que importa? Eu não cai!
Estou de pé com a minha preciosidade, (MÃE)!
E olho para o pôr do sol e choro de saudade de mil e uma coisas e de mil e uma pessoas, mas sorriu porque sei que quando este pôr de sol acabar tudo será diferente, tudo acabará numa só palavra...Felicidade.

Até te pores sol

sábado, 25 de julho de 2009

The Butterfly Effect



Ás vezes gostava de olhar para as coisas que escrevi noutros tempos, noutras eras e voltar atrás. Voltar a esses tempos, a essas eras. Fazer tudo de novo, mas mudar certos detalhes, certas frases, certas atitudes, certas escolhas.
Gostava de remexer em tudo aquilo que sempre quis remexer, de tentar desta vez fazer a coisa acertada, de crescer, ajudar-me e ajudar os outros de outra maneira.
Queria poder ler os meus diários, os meus textos melo dramáticos dos meus dias maus e fazer deles um dia feliz para todos. Talvez conseguisse recuperar a minha infância, talvez conseguisse recuperar a felicidade da minha mãe, talvez eu...Talvez!
O futuro poderia ser tão melhor se pudesse voltar atrás, seria um sinal que acima de tudo tinha recuperado o meu EU completo de outros tempos.
E se eu voltasse e por mais que tentasse nunca faria nada bem? E se o futuro fosse pior? E se em vez de recuperar, perdesse tudo de vez?
De facto nada é como nós queremos, mas sim como escrevemos todos os dias no nosso livro da vida. Quem sabe se o destino não nos leva ao que se perde um dia!

sábado, 18 de abril de 2009

Palavras iniciais de um relacionamento.

Unica. Especial. Importante. Eu sentia que era assim para o universo. Entretanto perdi esse espirito e foi quando chegas-te tu. Tu que és tão brilhante. Iluminas-te o meu caminho, o nosso caminho. Voltei a conhecer-me, a encontrar-me. Peguei na luzinha que ainda me restava e libertei-te. Fiz de mim alguem bastante importante para ti. Quebrei as tuas regras em relação ao que chamam por ai de amor. Tu quebras-te as minhas. Completas as minhas frases e eu os teus pensamentos. Juntos fazemos das nossas vidas um sonho, que muitos vezes não é perfeito, mas chega ao fim e o sentimento fala mais alto, com um sorriso bonito na cara e um olhar que vale tudo.

A cada passo que damos de mãos dadas, é um passo para a 'palavra consagrada'

(Agosto de 2008)

domingo, 12 de abril de 2009

No final do dia.

No final do dia pomos tudo em cima da mesa, duvidas, questões, receios, alegrias. Questionamo-nos com quem podemos ou não contar, fazemos contagens de desilusões e sapos que engolimos de amigos, namorados, ex-namorados, família. Muitas das vezes deixamos passar, dizemos que o amanha vai ser um novo dia, que aquela pessoa pode melhorar, ou que simplesmente teve um dia mau. Pena é quando esse ‘’dia mau’’ é todos os dias, quando esse ‘’melhorar’’ nunca chega. Aí tu enches o teu saco, bates com a cabeça na mesa e dizes ‘’não valeu a pena a figura de palhaça que fiz.’’. Sabes que os teus amigos têm as suas vidas, os teus namorados têm as suas coisas, e os ex-namorados enfim têm essas duas coisas juntas, exactamente como tu, mas quando é preciso tu estás lá, se for preciso paras o que estás a fazer para ajudar, para dar nem que seja um pouco de conversa, enquanto muitas dessas pessoas não fazem, trocam-te por outras coisas. Se insistires mais um pouco és considerada chata, por isso ficas no teu canto, para não aborrecer ninguém, pode ser que mais tarde obtenhas uma resposta positiva. A questão é que essa resposta nunca chega. E é ai que no final do dia tu pões todas essas coisas em cima da mesa e dizes ‘’Who Cares? Que se foda, vou caminhar sozinha.’’

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Hoje está Lua Cheia

Hoje está Lua Cheia, consegues ver da janela do teu quarto? Eu vejo o seu reflexo brilhante sobre o rio Tejo, e as luzinhas amarelas das casas, das estradas do outro lado da margem. Mas que poder incrivelmente fantástico que ela tem, que nos faz sonhar, que nos faz parar no meio da rua, que nos faz ficar a olhar pela janela do nosso quarto durante horas. Ela trás magia, trás histórias, trás memórias. Eu sei que consegues ver o mesmo que eu, que consegues sentir o mesmo que eu, que consegues pensar no mesmo que eu quando ela aparece. Será telepatia? Eu acho que posso encontrar o nome ideal para essa magia, já que os nossos mundos são feitos disso mesmo, magia. Sabes, no final o que me deixa mais feliz não é o facto de saber o nome ideal para essa magia, mas sim o facto de quando ela aparece, nem que seja por umas horas esqueço as desilusões que me dás, com todos esses pequenos pormenores dados a outras pessoas, com todas essas falhas de comunicação, com a falta de magia que anda a pairar no ar e vejo-te totalmente puro através do seu brilho.
Triste, não?

terça-feira, 24 de março de 2009

Ela

Um dia ela brilhou para a terra, brilhou para Homens, brilhou para os Lobos.
Hoje dizem que ela não brilha, que se afasta, que se esconde, que foge, que se conforma.
Ela que em outras épocas nunca fugiu, enquanto todos os outros se escondiam. Ela que nunca se conformava, que lutava sempre, enquanto todos os outros desistiam. Ela que gosta de agradar a todos, proteger os protegidos, de não ferir ninguém, fere toda a gente, principalmente a ela própria.
Não gosta de levar com as consequências que um dia já levou, tem medo da maneira como os outros a possam tratar por fazer as escolhas certas. Com isto faz as escolhas certas e ao mesmo tempo erradas. Tem várias hipóteses como não tem nenhuma. Torna-se complicado quando é só uma a brilhar para mais do que um elemento. Tantas vezes que ela ficou a brilhar para o nada, sem nunca aparecer ninguém. Agora brilha e tem de fazer escolhas, tem de enfrentar verdades, realidades, sentimentos, mágoas. Tem de ouvir o seu nome repetido para outra, e a sua própria língua a ser falada para outra. E é triste, tão triste. Dói e dói muito.
Ninguém faz nada certo, ninguém escolhe o momento certo, ninguém segue as regras do amor, nem as condutas impostas por alguém com carácter, nem mesmo ela, a Lua.
Pode ser que as estrelas brilhem e ajudem .


24 de Março de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Gestos

Todos os dias somos encarados com milhares de gestos, por vezes gestos incrivelmente fantásticos, outros que simplesmente nos surpreendem, e outros que nos desiludem, magoam. É engraçado como qualquer tipo de gestos mexem connosco, como nos fazem sorrir, chorar, pular de alegria, explodir de raiva. No fundo os gestos provocam em nós, uma explosão de sentimentos, e isso sabe tão bem, faz-nos sentir humanos. É costume dizer-se que um gesto vale mais do que mil palavras, e na maioria das vezes é verdade, apesar das palavras terem uma força enorme. Mas um gesto é aquilo que nos faz mover, é aquilo que muitas vezes nos faz decidir, nos faz sentir. Eu não tenho lá muito jeito para falar, quando quero utilizar as palavras limito-me a escrever, expondo assim tudo aquilo que me vai na alma. Porém muitas vezes não ter palavras para descrever as coisas, então a maneira que arranjo para expor todas os meus sentimos, é utilizando um simples gesto. É incrível a força que isso tem. Sabes, eu conheço alguém que não tem lá muito jeito na forma como fala, como se quer expressar verbalmente com alguém que lhe seja querido, então muitas vezes consegue ser surpreendente com um simples gesto como um abraço ou um beijinho de carinho, faz-me lembrar a minha pessoa por vezes, e é bom sentir isso. É bom sentir que no meio de uma multidão vai existir sempre alguém que nos surpreenda com um gesto.

29 de Janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Folha de papel

É engraçado, muitas das noites em que passo na minha cama fico a pensar, a construir textos, a reproduzir filmes, que acabo sempre por nunca os por no papel. Muitas vezes porque simplesmente me esqueço, outras porque quando vou escrever, a inspiração da noite anterior já se fora embora à muito. Por vezes acordo totalmente inspirada e escrevo, sobre tudo e sobre nada. Por vezes estes textos até são melhores do que aqueles que imaginei na noite anterior, outras são mil vezes piores, mas no final o que importa é mensagem, é aquilo que qualquer pessoa quer transmitir sobre o assunto de que está a falar. Eu sou uma pessoa muito complexa, dramática, impulsiva e totalmente doida, por isso quando falo das coisas, quando as escrevo, faço da maneira mais apaixonante, mais tocante. Sempre ouvi dizer que os artistas são uns melodramáticos, portanto. Para mim cada momento, cada falha, cada sentimento trocado, cada sentimento sentido, cada erro, cada vitória, cada derrota, cada sorriso, cada lágrima, são um motivo para me sensibilizar, são um motivo para me fazer reflectir, são um motivo para me fazer escrever. Às vezes gostava de ser boa a falar com as pessoas de quem mais gosto, gostava de pensar duas vezes antes de dizer as coisas, gostava de ter mais cuidado, gostava de poder expressar tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que me vai na alma sem ser desagradável, mal compreendida, muitas vezes bruta, mas não consigo. Por isso escrevo, para compensar essa minha falha, como tantas outras que eu tenho. Se o pessoal lá de cima imaginasse o quanto eu quero fazer as coisas bem, o quanto eu quero pensar em mim, na minha felicidade. Se o pessoal lá de cima imaginasse…dar-me-iam uma hipótese, certamente. Mas agora é aquela época do ano em que o frio congela os neurónios de todos, e em que tudo anda com a neura. Onde anda tudo melancólico e pensativo, rancoroso, triste até, por isso acho que terei de esperar até à primavera para que essa hipótese surja. Até lá? Vou escrevendo, vou pensando, vou expondo aquilo que me vai na alma.

25 de Janeiro de 2009

Final Feliz

‘’So, my sister and Robbie were never able to have the time together they both so longed for... and deserved. Which ever since I've... ever since I've always felt I prevented. But what sense of hope or satisfaction could a reader derive from an ending like that? So in the book, I wanted to give Robbie and Cecilia what they lost out on in life. I'd like to think this isn't weakness or... evasion... but a final act of kindness. I gave them their happiness.’’
Atonement, 2007



Sabes sinto-me totalmente minúscula, tão minúscula ao ponto de ver as pessoas no seu tamanho normal e senti-las como gigantes. Gostava de me sentir grande, gostava mesmo de ser grande, fazer tudo o que sempre sonhei, ir á Lua e de lá gritar ao mundo tudo o que me vai na alma. Não que ser uma miudinha ingénua que se faz parecer de chata, quero ser apenas a mulher que brilha à luz do Sol. Este mundo está cheio de más energias, de pequenos demónios, de más vontades e até mesmo de muito amor trancado a sete chaves. Este mundo é muito escuro, e o amor é que lhe trás cor fazendo de nós, seres humanos, uns artistas. Cada um tem a sua invenção do amor, a sua cor, a sua arte, faz o que pode e o que não pode para que isso aconteça. Triste é quando o lado mais escuro não o permite, e isso acontece tantas vezes, infelizmente. Porque somos tão tolos em deixar estas coisas nos escaparem das mãos, porquê não vive-las? Para mim a resposta está em que os amores proibidos ainda existem, mas deverão ser quebrados. Sim fala uma tola que ainda vive na época do romantismo, do amor eterno e das paixões inesquecíveis. Sim fala uma melodramática, uma doidivanas, perdida de amores e receios, e então? Eu sou uma artista, que pinta a sua arte desde sempre para sempre á luz da Lua Cheia. Cada vez o mundo se torna mais negro, mais podre e mesmo assim me mantenho aqui com a minha cor, com medo sim, mas não me deixo apagar por muito difícil que seja por vezes, viver aqui. Quero com isto dizer tudo e ao mesmo tempo não dizer nada, com a mensagem de que todos nós devemos ter o ‘’final feliz’’.

14 de Novembro de 2008

Rapazinho

Tu que estás ai sentado num banco sem saber que rumo tomar, toca-me. Sim toca-me, vê como eu sou real, como o que te quero oferecer é verdadeiro. Porque é que te sentes tão perdido e mesmo assim queres fugir para nem sabes onde? Pega na minha mão, pega. Se queres pega-la porque exitas? Olha a tua volta, vês algum fantasma? Então pára de os procurar, pára de temer de tudo á tua volta. Rapazinho, sim tu que estás sentado nesse banco, aqui neste lugar só estamos eu e tu por isso olha para mim, olha vá. Encanto-te? Então deixa-me encantar-te até ao fim da mesma forma que o fazes comigo. Abraça-me! Se não me abraçares com força eu sou capaz de fugir, abraça-me com força. Olha para mim, deixa o encanto fazer o resto. Beija-me! Beija-me primeiro na testa como sinal de respeito. Beija-me! Mas agora beija-me como um homem beija uma mulher. Sente-me, sente o meu coração a bater, deixa-me sentir o teu, deixa-me sentir-te a ti. Sonha, sonha comigo, sonha connosco. Faz de nós algo real, faz de nós algo diferente, brilhante, importante e especial. Oh rapazinho, acorda! Eu estou aqui, não me percas, pega em mim, foge comigo. Não me deixes fugir sozinha. Dá-me a mão como fazem os meninos pequeninos, mas faz-nos felizes como gente grande.

7 de Julho de 2008